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interesse por civilizações antigas

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Estudante de civilizações antigas, em especial o Egito e sua arte
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quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

General e Rei Djehuty ou Thutti

A dinastia 16 foi marcada por um governo que durou 70 anos, tendo como capital a cidade de Tebas. A primeiro momento a dinastia é considerada de origem hicsa (como a dinastia anterior) e não tebana. Os hicsos foram expulsos do Egito no final da dinastia 17, causando assim a reunificação do país.

Não há muitos registros arqueológicos desta dinastia. A lista de reis das dinastias 13, 16 e 17 foi arrancada e levada para a França e de acordo com o registro que se tem (localizado no Papiro de Turim) a lista dos governantes desta dinastia é composta por:

Seneb Kay, Djehuty, Sobekhetep VIII, Neferhetep III, Mentuhotep VI, Nebiriau I, Semenre, Seuserenre e Sekhemra-Shedwaset.

Nenhuma tumba foi encontrada apenas a da rainha Montuhotep, esposa do rei Djehuti.

(Vista da montanha Tebana e do templo de Seti I. Atrás do templo está a região de Dra Abu el-Naga, onde estão enterrados os reis das dinastias 16 e 17)

(caixa de canopos do rei Djehuty)

(faraó Sekemra-Shedwaset)

(faraó Sekhemra-HerherMaat Intef  VIII: 17ª Dinastia)

(estátuas encontradas em Abidos pertencentes a 17ª Dinastia)

(escaravelho)

O general Djehuty sob o reinado de Thutmóse III (1479 a 1425 a.C.) é conhecido como um herói ao conquistar Jaffa ou Joppa, uma antiga cidade portuária de Israel. O general utilizou de uma estratégia para a tomada da cidade ao colocar dentro de cada dos 200 cestos ofertados como tributo aos habitantes, os seus soldados. A cidade foi capturada.

O episódio lembra muito, um outro, que ocorreu 200 anos depois em Tróia, onde de um cavalo saíam vários guerreiros. O episódio muito conhecido é o chamado "Cavalo de Tróia".

O túmulo de Djehuty foi encontrado em 1824 em Saqqara


(bracelete de ouro do general Djehuty)

vale a pena conferir: Visita a la tumba de Djehuty


(acesso em Youtube no dia 02/12/20)

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Rainha Iah-Hotep e o Rei Seqenenra

Iah-Hotep, filha do rei Taa I e da rainha Tetisheri. Nascida em Tebas. Não aceitava a tolerância de  invasões que corriam no Egito e dessa forma decide fazer o necessário (pouco antes de 1570 a.C.) para  libertar o Egito das mãos dos invasores chamados hicsos.

O seu nome : Iah,  significa "Guerra" e Hotep significa "Paz". Iah-Hotep significa: "primeiro a Guerra e depois a Paz".

A rainha era esposa do rei Sequenenra. Este que assume o posto de chefe do Exército egípicio.

O casal teve dois filhos: Amósis ("Aquele cujas transformações são grandes") e Kamósis ("aquele que nasceu do Deus Lua").

Seqenera, marido de Iah-Hotep, morre em batalha e Kamósis, seu filho, continua seu trabalho na defesa do Egito. Este que também morre antes da vitória final.

Os hicsos conscientes da ameaça almejam uma divisão do território da Núbia, cujo plano seria este: "se os núbios se tornassem seus aliados, Tebas se dividiria em hicsos do norte e hicsos do sul".

Iah-Hotep morre com 80 anos  muito venerada por dar impulso ao exército egípcio encorajando-o a expulsar os invasores.



(jóias encontradas na tumba da rainha)

(Sequen)
 (Sequen)

(RainhaTetisheri, mãe de Iah-Hotep)

 (Iah-Hotep)



(as três moscas de ouro representam uma recompensa aos generais e soldados que se destacam por sua valentia. Iah Hotep foi a única rainha a receber tal condecoração do faraó)

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Hicsos, reis pastores

A nordeste do delta do rio Nilo a fronteira do Egito apresentava-se muito frágil. Revelando-se assim uma via de invasão natural para as populações nômades.
Amés Nefertari, Hatchepsut e Tiyi trabalharam ardualmente para defender o país destas terríveis invasões que se instalaram e controlaram a própria Mênfis.
A data precisa da invasão dos hicsos permanece indefinida... provavelmente de 1785 a 1570 a.C.
Os próprios hicsos conformaram-se com os títulos faraônicos, como se desejassem serem admitidos pela própria população.
Os reis pastores hicsos vieram da Fenícia. E foram 6 ao total:
- Shemuqenu
- Aperanati
(estes dois não reconhecidos com título de hicsos)
- Sekerher
- Khayan
- Apophis (reinando por mais de 40 anos)
- Khamudi

(faraó hicso Khayan)




sábado, 28 de julho de 2018

Monte Sinai. Península de Sinai. Yacob

O Monte Sinai está localizado ao sul da Península de Sinai, região considerada sagrada por três religiões: Judaísmo, Cristianismo e Islamismo. É uma região desértica que separa a África da Ásia. 

A oeste encontra-se o Golfo de Suez e a leste, o Golfo de Aqaba.

O processo de desertificação do local, permanece. Pequenos oásis permitem a vida de comunidades nômades e sedentárias.

Ao sul da Península de Sinai encontram-se abundantes recursos minerais como a turquesa, o cobre, e a malaquita.
 (turquesa sendo utilizada abaixo do olho)

(turquesa sendo utilizada acima do olho)

Sesóstris I foi quem fundou na península de Sinai, em Serait el-Khadim, o templo dedicado a deusa Hathor, senhora da turquesa. Local também de extração dos minérios. A atividade de extração cessa com o fim do Reino Médio (12ª Dinastia). No local houve várias expedições lideradas por altos oficiais, soldados, sacerdotes, arquitetos, médicos, intérpretes, escribas, condutores de asnos e  muitos semitas.

(o que sobrou do templo)

Serabit el-Khadim é considerado o local do Monte Sinai onde Moisés recebeu os 10 mandamentos.

Deuses venerados em Sinai: Hathor, Thot e Soped:


Soped é um deus antropomorfo protetor da região mineira.


(na pequena esfinge de Serabit el-khadim consta o nome BAALAT que que é o nome de Hathor em fenício)







A parte norte de Sinai e norte, que é hoje a França, estavam sob controle do Egito. 

Amenemhat III e IV com seu plano de impulsionar o desenvolvimento do Egito permitiu que cananeus e beduínos de Sinai se instalassem na região que seria denominada Avaris, futura capital dos hicsos, atual Telk el Dab´a.

Os hicsos, um grupo semita-asiático, chegaram ao Egito por volta de 1630 a.C. Seus governantes ficaram no país até 1521 a.C e foram expulsos pelo último governante da 17ª Dinastia e pelo primeiro governante do Novo Reino.

Houve uma chegada pacífica de grupos de origem semítica e asiáticos no Egito, como mostra uma pintura na tumba de Khnumhotep II, em Beni Hasan:


A chegada pacífica de Yacob no Egito:




Em duas passagens da Bíblia é mencionada a chegada de Yacob. Encontram-se nos livros de Gênesis, Capítulo 41 e 46. São passagens não históricas porém ilustram a realidade social e econômica da época.

Com o tempo, por volta da 12ª Dinastia, inicia-se uma política de hostilidade para impedir a entrada de asiáticos no Egito. Uma das maneiras foi a construção de fortalezas.

Os egípcios chamavam os hicsos de hikau khausut (que significa: governantes de países estrangeiros)



sábado, 5 de maio de 2018

Lista real em Karnak: 11ª Dinastia

A lista de reis esculpida no Templo de Amón,  em Karnak (que atualmente encontra-se no Museu do Louvre) encontrava-se em uma câmara chamada A Sala dos Antepassados. Na imagem abaixo o faraó Tutmósis III entrega oferendas aos  seus antecessores (61 reis nomeados).

Esta câmara foi descoberta em 1843. A lista foi saqueada e levada até Paris.

Em sua origem continham 61 cartuchos. Os faraós da 14ª dinastia foram omitidos propositalmente e também os mandatários hicsos.

Esta lista é um dos poucos documentos onde se encontram os faraós do segundo periodo intermediario do Egito. O outro documento  é o Papiro Real de Turim.

Os faraós da 11ª Dinastia são: Mentuhotep I, Intef I, Intef II, Intef III, Nebhepetra ou Mentuhotep II, Mentuhotep III e Mentuhotep IV. Este último fora esquecido da lista de maneira intencionada.

fonte: Lista real de karnak <http://portalpesquisa.com/egito/antigo-egito/lista-real-de-karnak.html>05.2018










domingo, 16 de abril de 2017

Flavio Josefo, historiador judeu

Flavio Josefo ou Yoseff ben Mattityahu Ha-Cohen (38d.C a 100d.C) considerava os hicsos como os judeus mais antigos.

Através dele conheceremos por completo, um fragmento da obra de Maneton (sacerdote e historiador egipcio) chamada Aegyptiaca. 

Flavio Josefo um dos líderes da primeira revolta judaica contra o Império Romano, nasceu em uma familia de Cohanim (Cohanim plural de Cohen, que significa Sacerdote em hebraico, eram sacerdotes que desempenhavam funções específicas quando existia o Templo Sagrado em Jerusalém, e eram considerados homens santos e puros por Deus).