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interesse por civilizações antigas

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Estudante de civilizações antigas, em especial o Egito e sua arte

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Ramsés II, o Grande, o maior faraó do Egito.

Qual o motivo de um faraó de aspecto franzino receber o título de "O Grande" e o de ser retratado com toda a opulência de um grande deus ? Qual foi sua grande obra e contribuição para o Egito ? O que ele representava para toda a nação egípcia?

Ramsés II: O Guerreiro, O Construtor, O Amante, O Deus, o maior faraó do Egito.

Governou durante 76 anos. Seu reinado inicia-se em 1279 a.C. (19ª Dinastia). Morreu com mais de 90 anos e gerou mais de 100 filhos.

Construtor de tumbas, estátuas e templos. Como exemplos estão o seu templo funerário "Ramseum", templos de "Abu Simbel" escavados na rocha, a tumba de galerias para os seus filhos no Vale dos Reis, a bela tumba para uma de suas esposas, Nefertari, e a capital do Baixo Egito "Pi-Ramsés", que durou até a 20ª Dinastia.

Ramseum foi descoberto em 2012 por arqueólogos checos e egípcios.

Ramsés II vem de uma linhagem militar. Seu pai era o faraó Seti I e seu avô era Ramsés I.

Em Abidos, cidade sagrada, seu pai Seti I, construiu um templo para enaltecer os faraós e seus deuses. Neste local, Ramsés II declarou que  foi general do exército, aos 10 anos, e lutou com seu pai contra os hititas.

O Egito era alvo de constantes ataques estrangeiros e ameaçado constantemente por potenciais governos estrangeiros: os hititas e os núbios.

Em uma das batalhas contra os hititas, Ramsés II escapou ileso, porém, não vitorioso. Mesmo assim, numa atitude contrária aos faraós anteriores, registrou a sua "vitória", no templo de Karnak. Enaltecendo-a transferindo o poder aos deuses, a vitória dele estar vivo. Sua imagem perante o povo egípcio só se fortalecia. E era exatamente isso que o povo precisava, um líder forte e guerreiro. Já por outro lado, por essa atitude, por esse registro, foi visto como fraco, covarde e inocente por alguns dirigentes, que não percebiam neste ato um traço de genialidade latente.

Entre outras táticas utilizadas por Ramsés II,  inclui a prática de usurpação de títulos e das imagens dos monumentos dos faraós.

Imagens de 1968, feitas pela NASA do deserto do Sinai, comprovam a provável localização da fortaleza criada por Ramsés II com muralhas muito resistentes e um templo ao centro no qual animais eram sacrificados para garantir a vitória nos ataques e garantir o 'maat', a paz, a ordem no reinado.

A fortaleza media 9m de altura, 12m de largura, e era reforçada por torres. O terreno media 80 000 metros quadrados.

Ainda sofrendo com os constantes ataques dos hititas, Ramsés II muda a capital de Mênfis para Pi Ramsés, e depois de 50 anos entre os constantes combates entre as potências, Ramsés II cria um tratado, uma tática nova para proteger o império: um tratado de paz entre as duas potências. Um pacto de defesa mútua, onde um defenderia o outro contra ataques inimigos aos dois.

Ramsés II possuía uma presença intimidadora, um poder de personalidade, uma presença poderosa emanava dele. Já o aspecto físico não era seu forte, constrastava com seu poder interior e precisava ser compensado de alguma forma. A saída foi o retratar como um homem forte e vigoroso nas estátuas e em outras formas. Ramsés não era um intermediário entre o povo e Deus. Ele ficava nos 2 planos: espiritual e material. Quando declarou finalmente sua divindade ao Egito, o país passou a ser governado por um deus.

 (Ramsés II mumificado)



Colocou em prática os projetos do seu pai, construindo muitas obras, aperfeiçoando técnicas, como a que se vê em Luxor: o teto abobado, em arcos.

Era um faraó em época de grande prosperidade que aproveitou para criar coisas imponentes, não porque era um megalomaníaco mas porque precisava assegurar a estabilidade de um país.

Construiu o templo de Abu Simbel para honrar aos deuses e a si mesmo. O templo possuía  4 estátuas colossais representado a si mesmo. Dentro do templo, mais 8 estátuas.   Recebe o título de  "Hórus vivo". Era considerado semi divino. E não se contentou com o este status. Queria ser lembrado como o grande deus, o deus vivo e encarnado: Ramsés II como Osíris, Ramsés II como Amon.

E almejava  ser cultuado como deus. Não por ter um ego enorme mas por liderar um reino muito grande. Era tudo grande demais. Ele estava num nível superior aos demais faraós existentes. Era o responsável por trazer a ordem e a paz pra o Egito.

Inspiração para os faraós, deus encarnado, maior construtor, advogado, arquiteto e detentor de aspectos geniais e estratégicos que a muito lembra Frederico II, rei da Prússia (1712), também "o Grande".

Ramsés II é considerado o maior faraó que o Egito teve.









sábado, 25 de setembro de 2021

terça-feira, 18 de maio de 2021

Banda Medjay

Música - Lady of Nile






(templo do faraó Seti I, com acesso ao Vale dos Reis)


segunda-feira, 1 de março de 2021

Ramses I, filho de Seti

Ramsés I, filho de Seti, pai de Seti I, veio de uma família de militares e de grande influência na sua região - a cidade de Avaris, antiga capital dos invasores hicsos. Iniciou sua carreira como oficial militar e ascendeu ao cargo de vizir. Alto sacerdote do deus Seth.
Seu reinado fora muito breve, por volta de 2 anos (1295 a 1294 a.C.) e iniciou tarde, aos 50 anos de idade. Construiu templos em Abidos e quase concluiu sua tumba no Vale dos Reis (KV16). A tumba era toda decorada com imagens do "Livro das Portas". Livro este que mostra uma das partes mais difíceis da caminhada que o morto deve percorrer, onde ele conhece as divindades mais temíveis, e que devem ser enfrentadas e superadas.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

General e Rei Djehuty ou Thutti

A dinastia 16 foi marcada por um governo que durou 70 anos, tendo como capital a cidade de Tebas. A primeiro momento a dinastia é considerada de origem hicsa (como a dinastia anterior) e não tebana. Os hicsos foram expulsos do Egito no final da dinastia 17, causando assim a reunificação do país.

Não há muitos registros arqueológicos desta dinastia. A lista de reis das dinastias 13, 16 e 17 foi arrancada e levada para a França e de acordo com o registro que se tem (localizado no Papiro de Turim) a lista dos governantes desta dinastia é composta por:

Seneb Kay, Djehuty, Sobekhetep VIII, Neferhetep III, Mentuhotep VI, Nebiriau I, Semenre, Seuserenre e Sekhemra-Shedwaset.

Nenhuma tumba foi encontrada apenas a da rainha Montuhotep, esposa do rei Djehuti.

(Vista da montanha Tebana e do templo de Seti I. Atrás do templo está a região de Dra Abu el-Naga, onde estão enterrados os reis das dinastias 16 e 17)

(caixa de canopos do rei Djehuty)

(faraó Sekemra-Shedwaset)

(faraó Sekhemra-HerherMaat Intef  VIII: 17ª Dinastia)

(estátuas encontradas em Abidos pertencentes a 17ª Dinastia)

(escaravelho)

O general Djehuty sob o reinado de Thutmóse III (1479 a 1425 a.C.) é conhecido como um herói ao conquistar Jaffa ou Joppa, uma antiga cidade portuária de Israel. O general utilizou de uma estratégia para a tomada da cidade ao colocar dentro de cada dos 200 cestos ofertados como tributo aos habitantes, os seus soldados. A cidade foi capturada.

O episódio lembra muito, um outro, que ocorreu 200 anos depois em Tróia, onde de um cavalo saíam vários guerreiros. O episódio muito conhecido é o chamado "Cavalo de Tróia".

O túmulo de Djehuty foi encontrado em 1824 em Saqqara


(bracelete de ouro do general Djehuty)

vale a pena conferir: Visita a la tumba de Djehuty


(acesso em Youtube no dia 02/12/20)

Templo de Akhmim

O templo localiza-se em um lugar pouco conhecido por turistas, a 320 km ao sul do Cairo e que muito provavelmente está abaixo do solo, e por causa do desenvolvimento urbano sua exploração foi impedida.

O que podemos observar deste templo é a estátua da rainha Ahmose-Meritamon, filha de Ramsés II com a rainha Nefertari. Ver o link 

Meritamon - a Rainha Branca


Meritamon foi quem cuidou de Moisés, como filho, assim que chegou no Egito e tornou-se esposa de Ramsés II após a morte de sua mãe.

Há registros do século 9 d.C. comentando sobre a existência do templo, de que era gigantesco.



 (ao fundo encontra-se uma estátua de Ramsés II)



 face de Meritamon, reproduzida





segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Necrópolis Dra Abu El-Naga (em Tebas)

A necrópolis está situada em Tebas (ou seja, Luxor), bem próximo ao Vale dos Reis.

É cercada por outras necrópolis importantes também como a de Deir-El Bahari e El-Asasif.

A necrópolis foi destinada aos reis da 17ª Dinastia. E como exemplo podemos citar a do faraó Amenhotep I.

Nos tempos dos coptas (egípcios que "abraçaram" o Cristianismo) foi construído no local, um mosteiro chamado Deir el-Bakhit.

(Dra Abu el-Naga)

(Deir el Bakhit, mosteiro copta)


(encontrado em 1908 por Petrie um ataúde de uma rainha desconhecida)

fonte: Youtube. Disponível em <https://youtu.be/ryw3g63QJ8o>acesso em 03.2018

fonte: Youtube. Disponível em <https://youtu.be/JF_QlA2SYBs>acesso em 03.2018

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Necrópolis el-Khokha

Esta necrópolis está localizada a oeste de Tebas.

É composta por mais de 50 tumbas pertencentes às dinastias 18, 19 e 20. São tumbas de profetas, escribas, sacerdotes, escultores, escriturários e governadores.







sábado, 5 de setembro de 2020

Rekhmira - Vizir

 Rekhmira era um nobre egípcio.

Seu tempo de atuação foi durante a 18ª dinastia (1400 a.C), durante o reinado de Tutmosis III e Amenhotep II



A tumba tinha uma extensão de 300 metros quadrados de decoração.