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interesse por civilizações antigas

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Estudante de civilizações antigas, em especial o Egito e sua arte
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quinta-feira, 27 de junho de 2019

Capítulo mais importante do Livro dos Mortos

O capítulo mais importante do 'Livro dos Mortos' é o de número 125. Refere-se ao livro de Nunéfer.

No capítulo o deus Anúbis conduz o defunto à sala de Maat, a deusa da verdade e justiça.

Neste momento, o defunto faz a confissão negativa: os 42 pecados que não cometeu em vida.

Estão presentes os 42 juízes que escutam a confissão.

Se acaso o morto mentir, será devorado pelo monstro. Se falar a verdade é aclamado como "justo de voz"

2 frases da confissão negativa:

- Não cometi maldade entre os homens
- Não blasfemei contra deus




sábado, 1 de junho de 2019

Ushebits

Os ushebits representam uma espécie de escravo que acompanharia o morto na sua passagem para o além.

Sua função é a de fazer tudo o que o morto fez em vida, qualquer atividade e tipo de trabalho.


Livro dos Mortos ou O Livro da saída ao dia

O Livro dos Mortos também é chamado de 'O Livro da saída ao dia'.
O nome do livro foi dado pelo egiptólogo prussiano chamado Karl Richard Lepsius porque os papiros eram enterrados junto aos defuntos.
É considerado o mais antigo livro religioso do mundo. Foi criado na 'Casa da Vida' e seu conteúdo é direcionado à magia e encantamentos.
O 'Livro dos Mortos' evoluiu dos 'Textos da Pirâmide do Velho Reino' (os textos funerários mais velhos do mundo). Esses encantos e rituais eram inscritos apenas nas paredes da tumba de egípcios de classe alta.
No Reino do Meio estes segredos tornaram-se disponíveis para qualquer um que pudesse pagar um ritual de funeral e eram inscritos dentro dos caixões, para que as múmias os "lessem".
Eventualmente, os textos de caixão se transformaram no Livro dos Mortos que era bastante usado durante o Novo Reino.
O livro era composto por 192 fórmulas ou capítulos. O tamanho difere. Há papiros com 20 metros de extensão, outros que não passam de 1 página. Vai variar de acordo com a condição econômica de cada um para custear seu próprio papiro.
O coração era o centro da vida dos egípcios, por isso quatro feitiços eram dedicados para proteger o coração do morto. O Feitiço número 23, o famoso ritual: ‘Abertura da Boca’, era também crucial, já que restaurava os sentidos da múmia na vida após a morte". Simbolizava a ressurreição quando os sacerdotes tocavam a boca e os olhos do ataúde com a múmia ou uma estátua do morto, com instrumentos ritualísticos. Ainda durante o ritual, colocava-se na tumba o Shabit, um tipo de estatueta depositada, cujo propósito era de que funcionasse como servo do espírito no além, executando trabalhos em seu lugar.
O papiro de Any (um escriba da elite que era uma espécie de contador, cuidava das ofertas e celeiros do templo e registrava todas as oferendas) é uma cópia do Livro dos Mortos. Feito para ele em específico. Qualquer pessoa poderia ter o seu 'Livro dos Mortos' personalizado desde que pagasse. Anos depois foi popularizado e todos o possuíam. Esta é a cópia mais antiga que data do ano de 1250 a.C. (19ª Dinastia). Foram feitas aproximadamente 25000 cópias.





(Ammit é o animal devorador de mortos. O morto que não fizesse bom uso dos encantamentos seria atirado para Ammit. O devorador de almas. O não existir para o egípcio é pior que qualquer castigo). 

"Ó coração, ó coração de minha mãe, não te voltes contra mim na presença de Osíris, não testemunhes contra mim no dia do meu julgamento"

Banda Nile: Opening of the Mouth
(fonte: YOUTUBE. Disponível em: <https://youtu.be/Eo1O2YsQyjw> acesso em 02.2017) 

"Com o Gancho de Ferro e Cinzel
Eu raspei sua carne
E separei seus ossos para você"


Ritual Abertura de Boca:
(fonte: YOUTUBE. Disponível em: <https://youtu.be/ou2wc4c23p4>acesso em 02.2017)


Livro dos mortos esculpido em uma tumba:

Livro dos Mortos em papiros produzidos em escala. Continha uma lacuna onde seria preenchida com o nome do morto


Primeira parte do Livro dos Mortos: O cortejo fúnebre


terça-feira, 20 de março de 2018

A Língua Egípcia - Parte 1

Existem 6 famílias de línguas afro-asiáticas. Uma delas deu origem ao egípcio, a língua nativa do Egito. São elas:
  • el-líbico-beréber (Saara, Siwa)
  • el cushítico (Sudão, Somália)
  • el chádico (lago Chad)
  • el omótico (Etiópia)
  • el semítico (atualmente falada em toda África Árabe, acádio, assirio, babilônio, fenício, hebreu, aramaico, árabe)
  • el egípcio (língua nativa do Egito, extinguido desde o século XVII d.C.). A língua egípcia copta litúrgica não foi extinta.
O Egípcio é a  primeira documentação escrita de uma língua afro-asiática. Data de 5300 a.C. e é a documentação escrita mais prolongada da Humanidade, sendo objeto de estudo da Linguística.

A língua egípcia: O Egípcio, passou por 2 fases. E cada uma delas com 3 etapas diferentes. Abordemos a 1ª fase com três etapas:
  • A primeira etapa da língua compreende o período de 2700 a 2200 a.C. e é marcada: pelas inscrições monumentais, textos funerários e textos de cargos e títulos. O livro O Texto das Pirâmides resume esta fase.  Consulte o link Textos das Pirâmides e veja o texto.
  • A segunda etapa compreende o período de 2200 a 1350 a.C. é a etapa marcada pela língua de Sinuhé, pelos textos áulicos (aula) e pelos textos de instruções ou de moral (passados de pai para filho). Esta fase refere-se ao 1º período intermediário até o Reino Novo. Era a época de Akhenaton na 18ª Dinastia. As Aventuras de Sinuhé é considerada uma das mais importantes obras de Literatura do Antigo Egito.
  • A terceira etapa compreende o período de 1350 a 400 d.C. E é marcada pelos textos sacros, funerários e áulicos mais elevados. Destaque para o Livro da Saída ao Dia ou O livro dos Mortos. Livro  este que é uma coleção de livros, contendo: a) fórmulas funerárias; b) livros funerários escritos nas tumbas do Vale dos Reis; c) textos litúrgicos e mitológicos da época ptolomáica. Aparece em inscrições nas paredes do templo em Edfu, em decretos sobre estelas, como na Pedra de Rosetta por exemplo. É a coleção de livros mais importante a partir do Reino Novo
O sistema de escrita utilizado são os hieróglifos. É uma escrita pictográfica,