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interesse por civilizações antigas

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Estudante de civilizações antigas, em especial o Egito e sua arte
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sábado, 16 de dezembro de 2017

Núbia

A Núbia é a região do deserto do Saara, que situa-se no vale superior do rio Nilo e que hoje em dia pertence ao Sudão.  Sua capital é Cartum.

Aswan é uma cidade da Núbia e fica as margens do Rio Nilo, num local tranquilo, longe da agitação do Cairo. Possui língua própria. Um dialeto chamado 'Núbia'. 

Os núbios são egípcios de tonalidade de pele mais escura que os demais egípcios do país.

A rainha Tiye (século XIV a.C) era núbia. Esposa do faraó Amenhotep III. Exerceu forte influência no governo do Egito mesmo após a morte do marido.

Os núbios formaram um reino próprio, o Reino de Kush. Eram exímios arqueiros. Numa época, o Egito mobilizou seu exército para conquistar Kush e suas minas de ouro. Após a conquista submeteram os núbios a religião e costumes próprios do Egito, porém a administração da Núbia continuou a cargo dos núbios. A Núbia torna-se o vice reino do Egito. A cidade núbia de Napata tornou-se seu centro religioso servindo de culto aos deuses: Ísis, Osíris e Amon.

Liberta do domínio egípcio, a Núbia continuou com relações estreitas com o Egito, principalmente quando o assunto era a defesa do pais. Os aliados núbios eram mais que necessários, principalmente contra o Império Assírio.

Taharqa, o mais poderoso faraó negro, liderou o exército egípcio até Jerusalém para ajudar a cidade contra a invasão assíria.

Os assírios usavam armas de ferro superiores a lanças e espadas de bronze dos soldados egípcios e kushitas. Por este motivo a Assíria por vezes conseguiu vencer alguns embates contra o Egito.

O rei assírio quando tomou a cidade de Menfis deixou a seguinte citação registrada numa estela:

" Sua rainha, seu harém, seu herdeiro, e o resto de seus filhos e filhas, seus bens, seus cavalos, seu gado e suas ovelhas em números incontáveis, eu levei para a Assíria. Arranquei do Egito a raiz de Kush"
(Estela de Esarhaddon, rei da Assíria, 681 a 669 a.C)

Em 660 a.C. terminava a dinastia dos faraós negros. Kush e o Egito seguiram caminhos diferentes. Suas estátuas foram quebradas e enterradas. 

(Meroe é outra importante cidade Núbia, construída após a volta dos faraós negros do Egito) 




Meroe tem 117 pirâmides.
Em 1834 um explorador italiano Giuseppe Ferlini explodiu o topo de todas as pirâmides em busca de ouro.
O reino de Kush sobreviveu por 100 anos a egípcios, gregos e romanos. 

Na Núbia encontra-se uma montanha chamada: Jebel Barkal, considerada a morada do deus Amon. 

fonte: Baseado em Youtube <https://youtu.be/GCbSpRjcbLw> acesso em dez.2017



sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Práticas Esotéricas

Na entrada da cidade de Delfos na Grécia, um pórtico advertia: "(...) Tu que desejas sondar os mistérios da natureza! (...) se não encontras dentro de ti mesmo o que procuras, tampouco poderás encontrar fora (...) "

A leitura do Tarot surgiu entre os séculos X e XI, na Índia ou na Pérsia, onde eram utilizados, desde que Alexandre, o Grande, invadiu o Egito e levou consigo sacerdotes e sábios.

(Alexandre, o Grande)





São em número de 22, os arcanos maiores do Tarot e 22 é um número importante e mágico, aparecendo em ritos e monumentos no Antigo Egito.

Comenta-se que a palavra Tarot originou-se dos nomes dos deuses: Ptah e Thot. E cada carta refere-se a um deus específico. Alguns exemplos:

- El Loco, representa o deus Khons
- El Mago, representa o deus Thot
- La Sacerdotiza, representa a deusa Isis, Is-sis
- La emperatriz, representa a deusa Mut, deusa mãe por excelência
- El emperador, representa o deus Amon
- Los enamorados, representa Khumlas
- La fuerza, representa Sekhmet, poder e força
- Ermitão, representa o deus Ptah
- Roda da fortuna, representa Khepri
- La justicia, representa a deusa Maat
- Anubis, representa a imortalidade
- Diablo, Pasión, representa Seth
- Estrella, representa a deusa Hathor, vaca, que com seu leite alimenta a todos
- La inspiración, representa o deus sol Rá e seus filhos gêmeos: Shu e Tefnut, ar e fogo
- La ressurrección, representa Osíris

O Egito é o berço da civilização ocidental, do misticismo e de suas manifestações. As práticas esotéricas sugiram também com os etíopes (os chamados "faraós negros", que receberam esta nomenclatura após invasão do país). 

Baseado em: Bacaro, Gilberto L. Kabballah Egípcia. Editora Ísis.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Faraós Negros

Os faráos negros faziam parte de uma civilização africana que rivalizou com o Egito por um século e chegou a dominá-los. Era o Império Kush (localizado na Núbia, hoje Sudão).
Quando a Etiópia invadiu o Egito transformou seus reis em faraós e estes eram chamados de faraós negros do Egito conhecidos também como hicsos e foram derrotados por Tutmés I levando consigo todo o conhecimento religioso adquirido. Porque anteriormente só acreditavam no Sol e na Lua. Neste momento surge a religiosidade africana, como o candomblé.
A Pirâmide de Meroe (le-se Meroé) é a última capital do império Kush (antiga Núbia), localizada a 200km a nordeste de Cartum.
Os kushitas conseguiram a independência  e, no auge de seu poderio, conquistaram o Egito no século 8 d.C. Durante um século eles imperaram em todo o vale do Nilo, até serem obrigados a retroceder às terras do atual Sudão.
A dinastia de Meroe foi a última numa linhagem de “faraós negros” que governou Kush por mais de um milênio, até 350 d.C., quando o império, já enfraquecido pelas guerras contra o Egito, então sob domínio romano, foi invadido e subjugado pelas tropas de Ezana, rei de Axum (a atual Etiópia).
As pirâmides núbias são mais baixas que as egípcias – a maior possui 30 metros de altura.
Sua equipe descobriu no início do ano de 2011, uma estátua de uma tonelada do rei Taharqa, o mais famoso dos faraós negros.
Muito antes de os faraós negros governarem o Egito, os soberanos da 18ª dinastia egípcia (1539-1292 a.C.) conseguiram dominar a Núbia, que era conhecida por sua riqueza em recursos minerais. Submetida aos egípcios, a elite núbia começou a adotar seus costumes culturais e espirituais, como a veneração a deuses, a língua, os ritos de funeral e enterro e, mais tarde, as pirâmides.
Durante esse período de dominação egípcia, os núbios forneciam ao ocupante outros materiais de valor, como: peles de animais, marfim, ébano, gado e cavalos. Com isso, muitos egípcios foram morar na região de Kush e muitos kushitas se mudaram para o norte.
Um dos centros religiosos de Kush, próximo à terceira catarata do Nilo, era dedicado à estátua do deus egípcio Amon. Outra herança cultural notável foram as pirâmides. Porém, as pirâmides das duas nacionalidades são diferentes. As dos kushitas são mais baixas e mais pontudas.

(Templo de Amon)




O primeiro faráo negro foi Piye. A ascenção dos faraós negros trouxe à tona questionamentos sobre o suposto atraso da supremacia africana.
Em 715 a.C. Piye falece. Seu irmão Shabaka assume o poder com o nome de Pepi II. Este empreendeu novos projetos em Luxor, como estátuas e diques (que impedem a inundação das casas).
Taharqa , filho de Piye, teve um exército exemplar com vitórias militares, o que garantiu estabilidade em territórios egípcios. 
Piye ampliou o templo de Amon construindo dois templos aos pés do monte Jebel Barkal, onde acreditava-se que o deus Amon haveria nascido. 
Com investidas dos militares assírios, seu reinado perdeu forças e recuou. Foi o último faraó negro.





(imagem do rei Taharqa)

(Pepi II)


(Pepi II)

Abaixo, imagens de  Jebel Barkal:
1.

                                      2.


3.


4.


5.

Artefatos Núbios: